Muitas pessoas ao redor do mundo sofrem de transtorno de ansiedade, e 18,6 milhões delas apenas no Brasil. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), isso corresponde a mais de um terço da quantidade de pessoas com o transtorno no continente americano.
O transtorno de ansiedade pode incapacitar a vida de quem o tem, e tornar a qualidade de vida muito inferior com o estresse desnecessário provocado pela doença. Mas você sabe como funciona o transtorno de ansiedade e quais são os seus sintomas? Confira.
O que significa o Transtorno de ansiedade?
Todos sentimos a sensação de ansiedade, nos preocupamos com o futuro, e essa preocupação — de maneira saudável — serve para nos atentar a como podemos nos planejar da melhor forma.
Para quem tem transtorno de ansiedade, no entanto, essa preocupação torna-se algo exagerado, promove dificuldade em estar no presente e chegam a ter sintomas físicos de nervosismo (taquicardia; sudorese; dores de cabeça, e até mesmo alterações na pressão arterial).
Quais são os sintomas do Transtorno de ansiedade?
Os sintomas variam caso a caso, mas não é incomum encontrar pacientes que sentem a ansiedade até mesmo no físico. Como a ansiedade provoca um estresse sem causa aparente em quem tem o transtorno, é comum que o resto do corpo entenda ser necessário reagir a esse estresse provocando taquicardia, sudorese excessiva e até mesmo hiperventilação.
O que causa o Transtorno de ansiedade?
São vários os fatores que podem levar ao transtorno de ansiedade, e quase sempre é impossível definir fatores únicos responsáveis pelo transtorno. A vida levada pelo paciente (as relações mantidas, a falta de suporte familiar, desequilíbrios químicos no cérebro e diferentes experiências de vida são apenas alguns exemplos) podem contribuir para a doença ou ajudar a preveni-la).
Quais os tipos de Transtorno de ansiedade?
O transtorno de ansiedade é uma questão muito mais complexa do que parece, e além de ter vários fatores colaboradores para a sua aparição, ela também pode ser específica de determinadas situações.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
O mais comum é o TAG — o transtorno de ansiedade generalizada — em que o cérebro simplesmente funciona à todo vapor o tempo todo. Pacientes com TAG podem se sentir inquietos, irritados, dificuldade de concentração e também podem ter dificuldade para dormir (insônia).
Fobias
Mais específicas e paralisantes, as fobias compreendem um medo exacerbado, em alguns casos até paralisantes, de determinados animais sendo os mais comuns: aracnofobia (aranhas), bactronofobia (anfíbios), e insectofobia (insetos); objetos (como agulhas) ou até mesmo de situações específicas (entrar em elevadores, estar em lugares altos, por exemplo).
Fobias sociais
Apesar de se encaixar como fobia, a fobia social — ou sociofobia — é uma situação mais específica por envolver o contexto social do paciente. Quem é sociofóbico tem medo de estar com desconhecidos, ainda que não seja necessário interagir com eles.
O medo da socialização, claro, provoca o isolamento de muitos sociofóbicos.
Síndrome do pânico
É um dos casos mais agravantes de ansiedade, e muitos dos pacientes sentem surgir subitamente, e muitos descrevem como uma sensação iminente de que vão morrer.
Quase sempre acompanhada de sintomas físicos (sudorese, taquicardia, hiperventilação), as crises de síndrome do pânico podem durar apenas minutos, mas para quem está em crise a sensação pode ser de horas.
Como é feito o diagnóstico do Transtorno de ansiedade?
O diagnóstico do transtorno de ansiedade só pode ser realizado por um profissional (psicólogo ou psiquiatra, ou ainda um trabalho conjunto quando envolve tratamento medicamentoso).
Infelizmente, o tratamento psiquiátrico para diversos transtornos psiquiátricos ainda enfrenta muito preconceito por parte da sociedade, e isso acaba acanhando quem precisa de ajuda de realmente procurá-la. Quanto mais cedo o tratamento for realizado mais fácil será de construir mecanismos para auxiliar na qualidade de vida.
Como é feito o tratamento para o Transtorno de ansiedade?
O tratamento para o transtorno de ansiedade varia conforme o paciente, já que a(s) causa(s) variam de pessoa para pessoa. A terapia é fundamental, e a abordagem utilizada pelo psicólogo pode variar conforme as necessidades do paciente, mas o importante é que o faça perceber seus gatilhos e ajude-o a desenvolver mecanismos que tornem a ansiedade algo controlável.
Medicamentos, a depender do quadro, podem ser receitados e possuem um auxílio mais imediato para os sintomas físicos da ansiedade.
